Hoje na hora do almoço, enquanto comia calmamente meu bentô em uma movimentada praça de alimentação em um shopping center em SP, resolvi praticar a divisão de atenção.
Apesar das diretrizes do G4, lembrei-me da primeira aula de química na ETI Lauro Gomes, em 1983, quando o Serrano nos desafiou a parar em uma esquina bem movimentada e olhar o que se passava à nossa volta, sem deixar que nos envolvessemos com o que observávamos. Foi esta a primeira vez que pratiquei o exercício de divisão de atenção.
Como todos os exercícios do Quarto Caminho, este falou diretamente à minha mônada e, por este fato, nunca mais esqueci as impressões que se formaram em meu consciente. Sou capaz, vários anos depois, de ainda sentir os sons, cheiros, cores, e sensações táteis daquele momento pelos idos de 1983.
Hoje, inspirado pela lembrança daquela experiência em 1983, tive a oportunidade de repeti-la, como sempre faço quando posso, e constatar mais uma vez, a força que ela tem sobre as nossas impressões. Nestes pequenos e breves momentos onde a nossa a-tensão (atenção) fica dividida entre estes dois mundos tão diferentes e ao mesmo tempo tão unidos, sentimos a nossa pequenez perante às forças que regem o Universo.
É um sentimento ambíguo, dicotômico, pois ao mesmo tempo que nos sentimos pequenos, com se fôssemos átomos a orbitar um núcleo, temos a plena certeza de que podemos nos separar desta roda de causa-e-efeito que nos arrasta de forma impessoal e arrasadora, para emergimos soberanos acima destas forças mecânicas que regem todo o uni-verso.
Atenção, vigilância e perseverança. Os três ingredientes básicos para o início da Busca...
Obsevador e observado, a duas faces da mesma "moneda"...
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
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