segunda-feira, 2 de março de 2009

Cicles

Após 14 anos de treinos, chegou o momento de provar que havia aprendido algo de aikidô. Ao contrário do meu shodan de karatê, onde recebi a faixa por mérito, deveria provar diante de uma banca de examindaores o meu nível de conhecimento.
E a Natureza, com todos os seus caprichos, me colocou diante do que viria a ser a maior prova de toda a minha vida marcial, e exemplo para todo o resto: entender, com a máquina motora (ao invés do intelecto ou da máquina emotiva), o que deveria ter sido feito durante o meu exame.
Falhei. Falhei porque o intelecto ocupou o físico, a emoção o intelecto e o físico a emoção. Uma completa bagunça...
Caí e levantei. Caí de novo e novamente levantei. Cai mais uma vez e agora estou me levantando. Mas a cada tombo, uma lição se fixa. Levantamos com mais experiências e cada vez mais humildes.
Agora resta a árdua tarefa de voltar atrás. Apagar a mente e começar do zero. Reaprender a usar o aikidô não como arte marcial (isto já aprendi nos 14 anos para trás), mas como arte de união, harmonia, sabedoria e amor.
O adversário, ou como o Alê Bull sempre me corrige, o ukê, deve ficar em harmonia com o naguê.
Entrar na espiral eterna, no kokiu do Universo e caminhar lado a lado comigo em direção ao olho do furacão. Onde nada acontece e tudo gira ao redor...
Tarefa árdua, mas eu chego lá!

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