sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Da natureza do Homem - parte 1

Semana passada, conversando com a P. surgiu o assunto da antropogênese, ou seja, do surgimento do homem e sua evolução possível no orbe terrestre.
Fui alfabetizado pelos meus irmãos (sou o mais novo, ainda que hoje eu já seja velho...) antes de entrar para a primeira série do primeiro grau, isto lá pelos idos de 1974.
O primeiro livro que li, de capa à capa, foi "O Coração de Vidro" do José Mauro de Vasconcelos e hoje agradeço ao meu irmão I. pela 1/2 hora diária de martírio quando tinha a obrigação de ler em voz alta todo os dias, assim que ele chegava do trabalho...
Bem, voltando ao assunto.
Este mesmo irmão fazia uma coleção de fascículos editados pela Editora Três, se não me engano, sobre magia e ocultismo.
Eram textos sombrios e ininteligíveis para mim na época, porém as ilustrações eram fantásticas, quase hipnóticas e mexiam comigo de uma forma tão avassaladora que seguia em frente mesmo sem entender bulhufas do que estava escrito.
Persisti pois me lembrava que, quando comecei a aprender o alfabeto, a coisa toda não fazia o menor sentido, mas se perseverasse, acabaria entendendo o contexto geral e poderia alcançar o contexto particular. Com os livros sobre magia e ocultismo, seria a mesma coisa. Continuei e, nas minhas horas vagas (quando não estava assisitindo Comedy Capers, Três Patetas, Fantomas, Shadow-boy, Thunderbirds ou brincando na rua - É. Naquela época era seguro...), eu fugia para a edícula nos fundos de casa onde ficavam os livros e mergulhava no assunto de cabeça.
Estudei.
Li tudo que caiu nas minhas mãos.
Procurei e algumas vezes achei o fio da meada, mas como sempre, ele fugia.
E, na busca pelo que se perdeu, encontrei mais e mais. E sempre que encontrava, acabava fugindo de novo, cada vez para mais longe, justamente quando achava que estava mais perto...
Nestas idas e vindas se passaram 6 vezes 7 anos. Seis ciclos completos.
Entrando na sétima fase da jornada do Πνξγ, neste ciclo, sinto que o boi da sabedoria (aquele mesmo que leva o Budha Sorridente às costas) já está se deixando aparecer quando viro a cabeça rápido o bastante...
É só um vislumbre. Tenho muuuuuuito Trabalho pela frente ainda por fazer até que consiga ver o boi parado de longe.

O Homem.
Sua natureza interior é sétupla. Do corpo físico ao átmico (de Atmân = matéria Divina, ou mônada), passando por outras 6 divisões, cada uma mais sutil que a sua predecessora.
Acessamos apenas 3 (o humano mediano).
Com muito esforço, a quarta parte se faz presente, quase sempre de forma fugaz e sem controle algum.
Enumerando as três acessíveis:
1. O físico,
2. O emocional, e
3. O mental.
Do astral pra frente, só em ocasiões especiais ou por caprichos da Natureza (= ou do Masterplan Divino) cujas causas e efeitos ainda nos fogem à compreensão.
Dentro deste invólucro ternário (vamos simplificar daqui pra diante), encontram-se 3 coisas que preenchem este receptáculo-cebola de três camadas, que nós erroneamente chamamos pelo nosso prórpio nome. Lá dentro estão:
a) A mônada, ou Partícula Divina, ou Alma, ou seja lá como queira chamar o pedaço de energia que nos anima e nos dá a força necessária para querer mais e cada vez melhor, seja lá o que for que você esteja procurando. Isto no final das contas não importa muito desde que você esteja indo para algum lugar e não parado, estagnado, apodrecendo ou morrendo sem produzir algo...
b) O ego, ou melhor, egos que criamos e alimentamos diariamente como forma de compensar uma formação deficitária do nosso primeiro sétimo da vida. E por último:
c) A nossa personalidade, formada em consequência do meio em que vivemos, com as pessoas que interagimos e dos egos que alimentamos na fase incial.
Na próxima, falamos sobre de onde emanaram estas idéias.

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