sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

"Problema resolvido" ou "Mais vale ter um amigo que dinheiro no bolso"

No meu penúltimo post, expliquei a minha decepção com a HONDA por me vender um carro zero com defeito de fábrica.
Expliquei também a inépsia do concessionário André Ribeiro em dar o suporte necessário, tanto do ponto de vista do pós-venda, como do ponto de vista da agilidade da manutenção (queriam ficar com o carro parado vários dias: um dia para analisar, outro dia para desmontar, vários dias para a encomenda e chegada das peças, mais um dia para montar e assim por diante...).
Inconformado com o "mainstream", arregacei as mangas e parti na busca de alguém que me resolvesse o problema.
Entrei no site da matriz no Japão, mas como os japoneses não confiam em e-mail, havia só o número de telefone e um endereço postal convencional. Não falo japonês a ponto de entabular um diálogo.
Tentei no site brasileiro. mesma coisa. Impossível achar um canal de reclamações sem passar pela imbecilidade do 0800 com o seu gerundismo e "scripts de atendimento", além de falar com alguém que não entende a mínima do assunto.
Voltei para a internet. Desta vez fui ao LinkedIn.
Vasculha daqui, pesquisa de lá...
Achei o Diretor de TI da Honda, mas o meu "grau de separação" dele era 2, contatei então o nosso amigo em comum que acabou achando o caminho das pedras e meu deu o e-mail do Sr. Cury.
O Sr. Cury, além de engenheiro colega da FEI, é o Diretor de Customer Service da HONDA do Brasil. Bingo!
Mandei um mail para ele com cópia para "deus e o mundo" que ouvia as minhas lamentações há semanas e não tomava providências.
Não deu outra.
Na manhã seguinte, antes das 8h00, o "deus e o mundo", estava ligando para meu celular para resolver o problema em menos de um dia de trabalho!
Levei o carro até a concessionária, tomei café, ganhei um táxi de volta para minha casa e às 18h00 do mesmo dia levaram o carro até minha casa.
Pergunta:
-Precisaria ter feito todo este escândalo se as duas citadas acima fossem empresas sérias, isto não teria que ser automático?
O que me deixa mais chateado é que as coisas por aqui só funcionam quando existe a pressão e a possibilidade de ocorrer uma punição. Se todos nós fizéssemos o básico, da maneira como tem que ser feito, nada disto seria necessário. Digo isto, porque este tipo de coisa acontece em todos os níveis da nossa sociedade. Do plantador de cana ao senado brasileiro.
Do mané tentando furar uma fila no cinema ao sr. "Prisidente" com seus empreendimentos imobiliários em São Bernardo do Campo.
"Se não existe a possibilidade de uma punição real, vamos levando e enrolando o tanto que der..."
Amigos, já não somos um nação tão jovem assim. Temos 509 anos (está bem, os fenícios aportando na Guanabara não conta). Quando é que vamos acordar e começar a fazer o básico, por livre e espontânea vontade?

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